Economia da Região Norte do Brasil
A economia da Região Norte baseia-se no extrativismo vegetal (látex, açaí, madeiras, castanha) e mineral (garimpos de ouro, diamantes, cassiterita, estanho), além da exploração de minérios em grande escala, como na Serra dos Carajás, PA (ferro) e Serra do Navio, AP (manganês).
Extração do látex
O maior problema para o desenvolvimento é a falta de infraestrutura energética: a única usina é Tucuruí, no rio Tocantins (PA), leste da região. As demais usinas são pequenas - como Balbina, no rio Uatumã (AM), e Samuel, no rio Madeira (RO) - e atendem parcialmente à parte oeste da região. O abastecimento depende de geradores movidos a óleo diesel, combustível de alto custo.
Usina hidrelétrica de Tucuruí
Na época das cheias, só alguns trechos das estradas são trafegáveis, e há apenas duas ferrovias, ambas para escoar minérios: a Estrada de Ferro Carajás, de Marabá (PA) a São Luís (MA), leva o ferro de Carajás para os portos de Itaqui e Ponta da Madeira, e a Estrada de Ferro do Amapá transporta o manganês extraído na Serra do navio até o porto de Santana, em Macapá (AP).
Estrada de Ferro Carajás
Trem de passageiros da Estrada de Ferro Carajás
Para estimular o crescimento da região, foram construídos os portos de Belém e Manaus, além de outros em cidades menores; o Acre foi comprado em negociações com a Bolívia; foram instaladas pequenas indústrias de bens de consumo; as cidades de Manaus e Belém se modernizaram, com a construção de teatros, bibliotecas públicas, palacetes, jardins públicos, energia elétrica, serviço de bonde, etc.
A primeira reserva extrativista de seringueiros e castanheiros foi criada em 1990, em Xapuri, no estado do Acre, após o assassinato, em 1988, do seringueiro e líder sindical Chico Mendes. A cidade de Marabá, no Pará, é o maior centro exportador de castanha-do-pará. A Brazil nut (nome da castanha no mercado internacional) é exportada para os Estados Unidos, Japão e países da Europa.
A região norte possui imensos recursos minerais. A cassiterita (da qual se extrai o alumínio) é explorada desde 1958 em Rondônia. A bacia do rio Negro e Solimões é rica em petróleo e gás natural, com destaque para a província petrolífera de Urucu, a 650 quilômetros de Manaus. O complexo de produção se estende por mais de 70 poços.
Província Petrolífera de Urucu
A região norte do Brasil era pouco industrializada, até meados de 1960, quando a cidade de Manaus recebeu incentivos fiscais para a instalação de indústrias. O Distrito Industrial foi planejado e recebeu várias empresas nacionais e estrangeiras, principalmente de origem japonesa (Sanyo, Sony, Toshiba, Yamaha, Honda, etc), além de empresas norte-americanas, alemãs, francesas e outras, principalmente do setor de eletroeletrônicos, que se beneficiaram com as facilidades de importação de peças e componentes.
Com a criação da Zona Franca de Manaus / Polo Industrial de Manaus, outros setores da economia local e regional foram beneficiados, como o comércio, a prestação de serviços em geral, transportes urbanos, além do setor de turismo e hotelaria. Nos últimos anos, o pólo recebeu um novo impulso com os incentivos fiscais para a implantação da tecnologia de TV digital no Brasil.
Vista aérea do Polo Industrial de Manaus
A Zona Franca de Manaus / Polo Industrial de Manaus é administrada e fiscalizada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Para que novas empresas possam se instalar no polo, é necessário apresentar projeto ao órgão.
Imagem da Sede da SUFRAMA em Manaus