Buraco na camada de ozônio

O que é a camada de ozônio e qual sua importância?

A camada de ozônio é uma área da estratosfera que possui uma alta concentração de ozônio. Esta camada funciona como uma espécie de "escudo protetor" para o planeta Terra, pois absorve aproximadamente 98% da radiação ultravioleta de alta frequência emitida pelo Sol.

Sem esta camada protetora, a vida humana em nosso planeta seria praticamente impossível de existir.


Ilustração da camada de ozônio

O buraco na camada de ozônio

No ano de 1983, pesquisadores fizeram uma descoberta que causou muita preocupação: a existência de um buraco na camada de ozônio na área da estratosfera, sobre o território da Antártica. Este buraco apresentava grandes proporções, pois tinha aproximadamente 10 milhões de quilômetros quadrados.

Ainda na década de 1980, outros buracos de menor proporção foram descobertos em vários pontos da estratosfera. Com o passar do tempo, estes buracos foram crescendo (principalmente o que fica sobre a Antártica), sendo que em setembro de 1992 chegou a totalizar 24,9 milhões de quilômetros quadrados.


Evolução do buraco na camada de ozônio nos anos 80 e início dos anos 90


Buraco na camada de ozônio entre anos de 1979 a 2010 - Imagem cedida pela NASA mostra comparações da camada de ozônio em 17 de setembro de 1979, 7 de outubro de 1989, 9 de outubro de 2006 e 1 de outubro de 2010 (Foto: AP Photo/NASA)

Causas

A principal causa do buraco na camada de ozônio é a reação química dos CFCs (clorofluorcarbonos) com o ozônio. Estes CFCs estão presentes sobretudo em aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes. Os CFCs entram em processo de decomposição na estratosfera, através da atuação dos raios ultravioletas, quebrando as ligações do ozônio e destruindo suas moléculas.


O uso do gás clorofluorcarbono (CFC) é um dos responsáveis pelo buraco na camada de ozônio.

Consequências

A existência de buracos na camada de ozônio é causa de grandes preocupações, pois a radiação não é absorvida, chegando ao solo, podendo causar câncer de pele nas pessoas, uma vez que os raios ultravioletas alteram o DNA das células.


Evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, são as únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

O buraco na camada de ozônio também tem relação com o aumento do aquecimento global.

Proteção da camada de ozônio

Na década de 1990, alarmados com a seriedade do problema ambiental que crescia a cada dia, órgãos internacionais, governos e instituições ligadas ao meio ambiente procuraram adotar medidas práticas para evitar o avanço do buraco na camada de ozônio. OS CFCs foram proibidos em vários países e seu uso interrompido aos poucos em outros. Desta forma, ocorreu uma diminuição no crescimento dos buracos. Em setembro de 2011, o tamanho era de 26 milhões de quilômetros quadrados. Ainda é um problema, porém o ritmo de crescimento diminuiu extremamente.

O consumo de conteúdos que geram a destruição na camada de ozônio também diminuiu consideravelmente no mundo todo. Em 1992, era de cerca de 690 mil toneladas, passando para aproximadamente 45 mil toneladas no ano de  2011. Com a intensificação da fiscalização e conscientização dos consumidores, espera-se que este número diminua ainda mais.

De acordo com cientistas, a camada de ozônio deve se normalizar em quatro ou cinco décadas (por volta de 2050), fato este ligado diretamente à redução no uso dos CFCs.


Ilustração da camada de ozônio

Curiosidade: No dia 16 de setembro é comemorado o Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.

  

Como referenciar: "Buraco na camada de ozônio - O que é, causas e consequências" em Só Geografia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2024. Consultado em 25/04/2024 às 00:42. Disponível na Internet em http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Brasil/problemas3.php